terramotos
Mais um terramoto levou-me a reflectir o que é viver num país como o Japão tão sujeito a desastres naturais...
Desde o período Edo (século XVII) Tokyo sofreu 3 grandes incêndios, os bombardeamentos da II Guerra Mundial que arrasaram a cidade, um grande terramoto (kanto, 1965) que destruiu parcialmente a cidade. Um povo que constantemente vê tudo o que constroi ser destruído... Numa lógica sociológica que me escapa, os japoneses parecem viver bem com isso, encarando até os desastres naturais como uma nova hipótese de melhorar a situação, construir tudo de novo e melhor.
Os terramotos são encarados como forças democráticas porque tanto atingem ricos como pobres, tornando a sociedade mais equilibrada. Uma oportunidade de corrigir experiências falhadas, de arriscar em novas experiências.
Os meus amigos japoneses dizem que lhes passa ao lado, que os pequenos terramotos já nem dão por eles, mas que as pessoas que sobreviveram ao Terramoto de Kobe ao mínimo abalo ficam em pânico.
Desde o Grande Terramoto de Kanto e avivado pelo Terramoto de Kobe em 95, espera-se em Tokyo todos os anos o Grande Terramoto. Como é viver com esta angústia da grande tragédia que se aproxima?
Eu só espero que não chegue enquanto eu aqui estiver.
Em Portugal, 250 anos depois do Terramoto de 1755, que prova que estamos tão vulneráveis aos terramotos, o tema devia ser tratado de uma forma mais séria e devíamos parar de assistir aos inúmeros não cumprimentos da Lei Anti-sísmica.
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